Modelo Ideal de Orçamento Pessoal
Você consegue fazer sobrar dinheiro no
final do mês?
Se consegue, sobra tanto quanto você
gostaria?
Se você respondeu não para alguma
dessas perguntas, este artigo foi escrito para você.
É muito provável que o problema esteja
no seu orçamento pessoal (ou na falta dele).
E, neste artigo, vou falar sobre o
modelo ideal de orçamento.
Aquele que eu acho que você deve
adotar para controlar seus gastos e ter uma vida financeira muito mais plena.
Orçamento pessoal: 60% para gastos
básicos
Uma das perguntas que eu mais recebo
é:
“Quanto eu devo alocar do meu salário
para meus gastos básicos? Qual é o percentual do meu salário que devo alocar
para meus gastos básicos?”
A base de um orçamento bem-sucedido é
o equilíbrio.
É você conciliar seus gastos básicos,
mas também seus objetivos de curto e longo prazo e seus prazeres de agora.
Você deve alocar uma parte do
orçamento para gastar até de uma forma supérflua, se for o caso, com as coisas
que você gosta agora… Mas também se planejar pra seu futuro.
Por isso, acredito que o percentual
máximo que você deve alocar para seus gastos básicos é 60%.
Para algumas pessoas, isso pode
parecer até demais – principalmente aqueles jovens que moram com os pais e
começaram a ganhar um bom salário.
Mas a maioria das pessoas acha que
isso é praticamente impossível.
E por que elas acham que 60% é muito
pouco?
Por dois motivos.
O primeiro deles é porque elas não
sabem exatamente o que são gastos básicos.
Estão confundindo gastos que são supérfluos
ou que poderiam ser cortados com gastos básicos.
Isso depende muito do padrão de vida
de uma pessoa para outra.
Não sou eu que vou definir para você o
que é básico e o que não é.
A reflexão que eu deixo para você é:
se você fosse demitido hoje, exatamente agora, quais seriam os gastos que você
manteria e quais seriam os gastos que você cortaria?
E qual o segundo motivo?
São aquelas pessoas que consideram que
60% não é o suficiente para os gastos básicos.
A má notícia é que estas pessoas estão
vivendo acima do seu padrão de vida.
Tem uma coisa que precisa ficar bem
clara para você: empatar receita com despesa não é equilíbrio financeiro.
Porque você não está planejando seu
futuro financeiro.
Você está só gastando com o agora. Só
se preocupando com o agora. Empatar receita com despesa não está correto.
Isso não significa estabilidade
financeira.
Você precisa encaixar seus gastos em
apenas 60%.
E o que fazer com o restante?
Entendido porque você deve manter seus
gastos em apenas 60% da sua renda mensal, vamos agora entender o que você deve
fazer com os outros 40%.
Até porque ninguém vai viver apenas
com os gastos básicos.
Orçamento pessoal: 10% para objetivos
de curto prazo
Desses 40% restantes, 10% você deve
alocar para seus objetivos financeiros de curto prazo.
O primeiro deles deve ser seu fundo de
emergência.
Se você ainda não entende a
importância de um fundo de emergência, vou recomendar um artigo para explicar
melhor este assunto.
Podemos falar mais sobre esse assunto em um outro post.
Estes 10% servem não apenas para
montar sua reserva financeira para emergência, mas também se você quiser trocar
de carro até o final do ano, por exemplo.
Ou qualquer outro objetivo num prazo
inferior a dois anos.
Você deve deixar este dinheiro nos
seus objetivos financeiros de curto prazo.
Orçamento pessoal: 10% para objetivos
de longo prazo
Outros 10% devem ser para seus
objetivos financeiros de longo prazo.
Aqui entra a aposentadoria.
Ou, dependendo da sua idade, pode ser,
inclusive, um imóvel.
Qualquer objetivo financeiro que você
planeja alcançar num prazo superior a dois anos deve ser orçado nestes 10% para
objetivos de longo prazo.
Falei até aqui de 60% para gastos
básicos, 10% para objetivos de curto prazo e outros 10% para objetivos de longo
prazo.
No total daria 80%.
E os 20% restantes? O que você deve
fazer com eles?
Orçamento pessoal: 20% para gastos
livres
Eles devem ser gastos livremente.
É aqui onde entra seu “agora”.
Quando falei sobre equilíbrio, disse
que você tem que balancear seus gastos agora e tinha que balancear seus gastos
no futuro.
Seu planejamento para seu futuro
financeiro.
Já falei a parte que você deve se
planejar lá na frente.
Então os 20% restantes é um dinheiro
para o supérfluo. Como o próprio nome já diz, gastar livremente.
Se você consegue manter seus gastos
essenciais em 60%, esses 20% podem ser gastos livremente.
Se você é daqueles que não consegue,
infelizmente você vai ter que utilizar esses 20% para cobrir o que você
considera gastos essenciais.
Mais uma vez eu digo: se você gasta
mais de 60% com gastos básicos… ou você não sabe exatamente o que são gastos
básicos ou você está vivendo num padrão acima daquele que seu orçamento
permite.
Empatar receita com despesa não é
equilíbrio. Não é estabilidade. É viver acima do seu padrão.
Lembre-se sempre disso.
20% do seu orçamento tem que ser
utilizado nos objetivos de curto e longo prazo.
E 20% do seu orçamento tem que ser
utilizado para você gastar livremente.
Aí entram viagens, sair com os amigos,
aqueles bares nos finais de semana, sair para jantar fora… Como você achar
melhor.
Eu prefiro gastar com experiências. Eu
prefiro gastar com viagens, por exemplo.
Essa é a minha forma, mas essa não é a
regra.
Você escolhe a forma melhor.
Mas o orçamento tem que consistir
nesse modelo de 60/10/10/20.
É um orçamento que eu importei do
Ramit Sethi, que escreveu um livro
que eu acho fantástico (I Will Teach You To
Be Rich).
Sempre segui este modelo de orçamento
e certamente foi um dos fatores para eu conquistar minha liberdade financeira e
largar meu emprego em apenas 7 anos.
Beijão,
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